A dicotomia entre as ligas nacionais de futebol vai esquentando, as propostas milionárias chegando e o ABC ainda não definiu de qual dos dois grupos irá participar. Embora tenha marcado presença em algumas reuniões da Liga Forte Futebol, a diretoria do clube potiguar nega integrar o grupo e salienta que também participa de alguns encontros da Libra, mas não possui acordo definido com nenhum dos lados.
Rennê Carvalho
“Existe um grupo de pessoas dentro do ABC estudando as duas propostas que foram colocadas na mesa pela Liga Forte Futebol (LFF) e pela Libra. A diretoria já conta com o aval do conselho deliberativo para assinar contrato com qualquer dos grupos, mas isso ainda não foi realizado porque o estudo que vem sendo realizado ainda não apontou a melhor proposta para o nosso clube. Como os contratos são para 50 anos, temos de projetar como será a cota do ABC dentro desse período e qual a chance de crescimento que ela terá”, salientou o diretor de marketing abecedista Roberto Medeiros.
O presidente Bira Marques considera a decisão muito importante para agir por impulso, apenas quando tiver certeza sobre o caminho que está destinando o Alvinegro é que o dirigente disse que vai se posicionar ante a queda de braços entre a LFF e a Libra.
Em acordo firmado com a CBF, a partir de 2025 os clubes é que vão assumir o controle das principais competições nacionais, por isso há necessidade de uma organização em torno de uma liga para que as negociações com os futuros patrocinadores possam ser realizadas por todo o grupo. O ponto da discórdia entre a Libra e os clubes que deixaram a organização é justamente a forma do rateio de verbas proposto.
Flamengo e Corinthians, donos das duas maiores torcidas do país, exigem garantias de que vão pelo menos manter o ganho atual, no processo de implementação da nova ordem, o que vem ameaçando novas dissidências.
“Nós fomos participar da reunião da Liga Forte em São Paulo convidado pelo presidente do Atlético-GO, que tratou do assunto pessoalmente com Bira Marques. Mas isso não quer dizer que estamos fechados com esse grupo” explicou Medeiros, salientando que nas propostas a parte que caberia ao ABC iria girar em torno dos R$ 30 milhões. “Não adianta aceitar pressão hoje e assinar com um lado e, no futuro, estar arrependido. Essa é uma questão que não se pode ter pressa para resolver. Tudo terá o momento exato”, reforçou.
Além da questão da Liga, o clube também faz estudos para saber a vantagem de aderir ao projeto da SAF. As propostas passam dos R$ 300 milhões.
Com informações da Tribuna do Norte.
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