Categoria definiu em assembleia nesta terça-feira uma contraproposta para apresentar ao governo do Estado na negociação. Paralisação começou no dia 7 de março.
Categoria manteve a greve — Foto: Lenilton Lima/SInte-RN
Os professores da rede pública do Rio Grande do Norte decidiram, após nova assembleia nesta terça-feira (4), manter a greve da categoria, que começou no dia 7 de março.
A última proposta apresentada pelo governo do Estado foi no dia 28 de março. Um dia depois, os professores recusaram a proposta e mantiveram a greve, que cobra a implementação de um reajuste salarial de 15%.
O governo do RN informou que aguarda uma contraproposta para negociar com os professores. O Sinte informou que foi definida uma contraproposta a ser apresentada ao governo, que consiste nos seguintes reajustes:
7,21% em abril (para ativos e aposentados);
3,61% em agosto (para ativos e aposentados);
3,41% em setembro (para ativos e aposentados); e
retroativo em 2023 (para ativos e aposentados).
"A categoria entendeu que deve continuar no movimento e aposta na retomada da negociação, que diga-se de passagem nunca foi encerrada com o governo do estado, para tentar avançar na proposta pra que a gente possa o mais rápido possível voltar às atividades normais nas escolas", disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN), Miguel Salusto.
A continuidade da paralisação, no entanto, causou divergência de opiniões entre educadores presentes na assembleia. "Eu acho que ela deve ser paralisada. Aliás, já está paralisada, haja vista que 45% das pessoas de Natal estão na greve. Não é o que nós queríamos, mas a movimentação do jeito que está e a fraca adesão...", argumentou o professor George Fernando.
"A gente defende a continuidade do movimento porque existe condições do estado atender as nossas reinvindicações", disse a professora Luciana Lima De acordo com o sindicato, o estado conta atualmente com cerca de 10 mil professores na rede de educação. A proposta mais recente apresentada pelo governo previa que todos os educadores que estão abaixo do piso teriam, de maneira imediata, a aplicação de reajuste de 14,95%, com efeito retroativo a janeiro de 2023.
Para os demais, implantação seria de 7,21% em maio, 3,61% em novembro e 3,49% em dezembro, totalizando 14,95%. Já o pagamento do retroativo ocorreria em oito parcelas com início em maio de 2024. O Ministério da Educação (MEC) anunciou em janeiro o reajuste de quase 15% no piso salarial dos professores, passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. O reajuste gerou críticas principalmente de municípios, que dizem que não têm como pagar o novo aumento. O impacto para as prefeituras do RN é de R$ 222 milhões, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Comments