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Professores em greve fazem ato cobrando proposta ao Governo

Em greve, professores da rede estadual do Rio Grande do Norte realizaram uma aula pública nessa quarta-feira (8) em frente ao Campus Central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em Natal. Mais uma vez, eles protestaram contra o Governo do Estado que propôs escalonar o pagamento do novo piso do magistério, de 14.95% para 2023, além de criticarem a falta de negociação com a categoria.



Aula pública homenageou mulheres e explicou razões da greve / Adriano Abreu 44


A greve começou na segunda-feira (6) comprometendo as aulas de aproximadamente 200 mil estudantes. O ato desta quarta-feira faz parte da agenda da greve comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) junto aos movimentos sociais.


Os educadores cobraram o cumprimento da política de valorização dos professores. Joacir Coelho, professor de filosofia da escola estadual João Alves de Melo, explicou as razões para adesão do magistério à greve. “Nós entramos em greve por duas questões. A primeira é que a Governadora quebrou o acordo do ano passado, não pagou o retroativo de 2022, e houve o descumprimento. O segundo é em relação ao piso de 2023, o reajuste de 14,95%, que o poder público estadual quis parcelar e a categoria não aceitou”, explicou.

A última proposta do Governo é de fazer o reajuste de 14,95% no mês de março com o retroativo de janeiro e fevereiro para professores que recebem abaixo do valor do piso, que é R$ 4.420,55. Para os demais (incluindo aposentados e pensionistas com paridade), a intenção é conceder 6,5% de reajuste em maio e 7,93% em dezembro, com o retroativo pago em 8 parcelas, entre maio e dezembro do próximo ano.


Daniel Adoniran, de 17 anos, é estudante do Terceiro Ano do Ensino Médio do Colégio Atheneu, e sonha em ser professor do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ele comentou como a falta de aulas podem adiar o seu desejo de seguir na docência. “Independente de qualquer coisa, eu acredito na importância que os alunos e professores têm para ir atrás dos seus direitos. Então, eu acredito que esse protesto é muito importante para garantir o direito dos professores e dos alunos também. Não tem como a gente não sair prejudicados sem esse tempo sem aulas, mas são os nossos direitos”, declarou.


O sindicato diz que o balanço da adesão à paralisação só deverá ocorrer na próxima sexta-feira (10). “No caso de Natal, iremos fazer o levantamento da adesão nesta quarta-feira. Nas demais regionais, o levantamento também será feito e eu acredito que até a próxima sexta teremos uma estimativa de como estará o quadro de greve”, explicou o coordenador geral do Sinte/RN, Bruno Vital.




Com informações da Tribuna do Norte.

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